1. |
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fatídica arma que golpeia pelas costas
que envolve, que revolta, que não nos solta
nos suspende pela mente, num imaginário absoluto
devaneio empírico, descarga ingrata, mais um surto
não existe herói, disse o amor?
corrobora penosos fatos.
injúrias dos fracos
mas afinal quem são?
uma mimética vida sentenciada à inadaptação
opressão por osmose, sem vínculo, sem simbiose, brocardo da regressão.
afinal quem são os fracos polivalentes, os fortes inconsequentes. nós? vocês? afinal, quem são?
é uma chacina do intelecto, ético, da raiz moral do são? o que é são?
ou é delírio magnético, que atrai uma virtude criada em vão?
inválidos? rasos? são sonhos, inertes perante o fardo?
sem lastro, sem rastro. odisseia emergente ao fracasso
é uma chacina do intelecto, ético, da raiz moral do são? o que é são?
ou é delírio magnético, que atrai uma virtude criada em vão?
distanciamento de um amor que prevalece que é vinculado a emoção.
ou é a era de seres cibernéticos, vivendo o discreto charme de um império em depressão?
afinal quem são?
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2. |
Dezembro
04:04
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dezembro aflito,
de corpo e espírito
um delírio satírico
que dorme na sala de estar.
enquanto estava calado
foste arrebatado
por um silêncio pausado,
que por medo desfaz.
por vezes, fizestes as malas,
juntaste as tralhas,
os erros, as falhas,
que na palha em chamas se esvai.
queima-se em fracasso,
em rasos atrasos
atados por laços
que não soltam mais.
deixe-me em nós cegos,
perdido nos versos,
sobre um cama de pregos,
que corrói minha paz.
sigo frio e adverso,
vazio de excessos,
um vácuo possesso,
sem porta de acesso,
para onde não entra e não se sai.
dezembro aflito,
de corpo e espírito
mais um delírio satírico
que dorme na sala de estar.
queima-se em fracasso,
em rasos atrasos
atados por laços
que não soltam mais.
deixe-me em nós cegos,
perdido nos versos,
sob um escaldante,
que corrói minha paz.
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